Secção de Parapente

História

David Barish – o Pioneiro do Parapente.

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O Parapente torna-se um desporto professional

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O norte-americano David Barish, engenheiro em aerodinâmica e paraquedista, foi incumbido de fazer um paraquedas para o projeto Apollo. Após alguns protótipos, em 1965, David constrói uma espécie de velame e com ele realiza alguns testes no monte Hunter, nos Estados Unidos, para ajustar o equipamento.
Possuindo uma forma diferente dos parapentes actuais, este equipamento já contava com o bordo de ataque composto de extradorso e intradorso (foto ao lado) e dois painéis independentes. O tecido inferior cobria um terço da corda e ele era composto inicialmente de três gomos e, logo depois, passou a ter cinco gomos.
David chegou a construir um equipamento com um planeio de 4,2:1 (planeio) significa a capacidade de deslocamento de uma aeronave em que, neste caso, cada metro que o parapente se deslocava para baixo, avançava três, portanto um planeio de 3:1).

No ano de 1966, David realizou alguns voos de demonstração, porém, não despertou o interesse das pessoas. Mais tarde, em um dos primeiros manuais de voo livre, o Hangliding Manual, publicado em 1973, que era baseado nas pesquisas de David Barish, serviria de referência didática para os pioneiros de Mieussy e seus primeiros voos.
No ano de 1982, Roger Fillon, descolou a uma altura de 4.121 metros em Chamonix, na França. Em 1985, Oliver Jousse conseguiu permanecer voando durante 1 hora e 45 minutos em Mieussy. Roger Bedouet voou 2 horas e 40 minutos e Gerard Bosson conseguiu 3 horas.
A cada voo de um parapentista o recorde era quebrado. Richard Trinquier conseguiu permanecer no ar por 5 horas e 20 minutos com um parapente de 11 células, o Surfair. Dez dias mais tarde, tudo isso no ano de 1982, no Paquistão, do monte Gasherbrum, Pierre Gevaux realizava o primeiro voo de parapente a oito mil metros de altura.
Devido à melhoria do planeio, as competições de parapente começaram torna-se mais comuns. Países como França e Suíça, iniciavam campeonatos nacionais. Inicialmente, as provas eram apenas de permanência e aterragem, mais tarde, surgia a prova de distância percorrida.
A partir de 1989, as duas bandas (união entre as linhas) davam lugar a três ou quatro e o alongamento (que é a proporção entre área e envergadura), começava a aumentar.
Actualmente, só na Europa, é estimado que mais de 250 mil pessoas voem de parapente e o desporto vem crescendo no mundo do voo livre.
Como uma actividade desportiva, que integra o Voo Livre, o Parapente, é praticado em termos de Lazer, Competição e na vertente de Acrobacia. O aperfeiçoamento na concepção de novos materiais, como o tecido, cabos e fundamentalmente, desenvolvimentos na aerodinâmica das asas, elevaram não só a enorme capacidade de voo destas magníficas máquinas, como também estabeleceram novos padrões de segurança. A grande evolução deste desporto deve-se também a uma cada vez melhor formação dos seus praticantes, existindo para tal regulamentação específica, ministrada por Clubes e Escolas de Voo livre, espalhadas pelo Mundo, credenciadas e reconhecidas pelas suas respectivas Federações Nacionais.